O impacto das mudanças climáticas na vida de 1 bilhão de crianças e adolescentes - FMP - Fundação Escola Superior do Ministério Público

No último dia 20/08, o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas (Unicef) apresentou um relatório onde revela que aproximadamente 1 bilhão de crianças estão expostas aos efeitos das mudanças climáticas. São 33 países classificados como de risco extremamente elevado, e as maiores populações atingidas são as de Chade, Nigéria, Guiné, Guiné-Bissau e da República Centro-Africana.

O número corresponde a quase metade dos 2,2 bilhões de meninas e meninos que vivem nos países de risco. De acordo com o Unicef, as crianças “enfrentam uma combinação mortal de exposição a múltiplos choques climáticos e ambientais com alta vulnerabilidade devido a serviços essenciais inadequados, como água e saneamento, saúde e educação”. Os principais impactos das alterações no clima são escassez de água, ondas de calor, inundações, ciclones, a poluição do ar e doenças transmitidas por vetores. 

Apesar dos efeitos impactarem o mundo todo, os dados revelam que nos países mais afetados há o enfrentamento de choques múltiplos e constantemente sobrepostos que ameaçam erodir o progresso de desenvolvimento e aprofundar as privações de crianças e adolescentes. A tendência é que este dado piore com o tempo, já que há aceleração das mudanças climáticas.

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Para a solução deste problema de impacto ambiental em todo o mundo, a proposta do Unicef é a redução da emissão de gases de efeito estufa: se até 2030 houver um corte de no mínimo 45%, o aquecimento global pode se manter em 1,5 grau celsius, além de incluir jovens nas deliberações acerca do clima e garantir a recuperação da pandemia da Covid-19 com índice baixo das emissões de carbono.

Henrietta Fore, diretora executiva do Unicef, fez uma declaração importante em relação à preservação do meio ambiente e o futuro das crianças e adolescentes: “A mudança climática é profundamente injusta. Embora nenhum menino ou menina seja responsável pelo aumento das temperaturas globais, eles pagarão os custos mais altos. Crianças e adolescentes dos países menos responsáveis serão os que mais sofrerão. Mas ainda há tempo para agir. Melhorar o acesso de crianças e adolescentes a serviços essenciais, como água e saneamento, saúde e educação, pode aumentar significativamente sua capacidade de sobreviver a esses riscos climáticos. O Unicef pede aos governos e empresas para que deem ouvidos às crianças e aos adolescentes e priorizem ações que protejam meninas e meninos dos impactos, ao mesmo tempo em que aceleram o trabalho para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa”, manifestou.

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Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs que os seus 193 países membros assinassem a Agenda 2030, um plano global composto por 17 objetivos (ODSs ) e 169 metas para que esses países alcancem o desenvolvimento sustentável em todos os âmbitos até 2030.

Dentre os seus objetivos, a Ação Contra a Mudança do Clima é o 13º objetivo, e visa “tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e os seus impactos”.

De acordo com as comunicações oficiais da ONU, se medidas não forem tomadas, a temperatura global poderá aumentar em até 3 graus até o fim do século 21. Por isso, uma das metas da Agenda 2030 é aumentar os investimentos dos países no desenvolvimento de tecnologias que permitam reduzir o desgaste do planeta.

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