Homem com paralisia motora usa chip no cérebro para se comunicar - FMP - Fundação Escola Superior do Ministério Público

Neurocientistas da Alemanha e da Suíça anunciaram um fato inédito: um paciente incapaz de se comunicar conseguiu desenvolver capacidade de conversação por meio de um chip no cérebro. O homem, de 34 anos, é vítima de esclerose lateral amiotrófica, que o fez ter paralisia em todo o corpo, e agora consegue utilizar apenas os pensamentos para manifestar suas vontades aos médicos e enfermeiros.

A tecnologia foi desenvolvida em Genebra, pelo Centro Wyss de Pesquisa em Bio e Neuroengenharia. O paciente está com o chip há dois anos, mas somente agora, após uma auditoria sobre o sucesso do dispositivo, que foi trazido a público. Entretanto, os cientistas revelaram à revista Nature Communications que o equipamento está em estágio inicial.

Utilizando o recurso de binariedade, o dispositivo possui padrões de intenções de movimento, em que o homem precisa responder perguntas com “sim” e “não”. Outro fator é a alternância de letras do alfabeto que os cientistas mostram ao paciente para a formação de palavras que informem aos médicos e enfermeiros as suas necessidades e condições.

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Com o avanço da neurociência, alguns pesquisadores da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, impulsionam a proposta de criação dos neurodireitos. A ideia é que nestes casos sejam garantidos o direito à identidade pessoal, ao livre-arbítrio, a igualdade de acesso à tecnologia e a proteção contra discriminação.

Em setembro de 2021, o Chile sancionou uma reforma que passou a considerar em sua Constituição a proteção dos neurodireitos. Ele é o primeiro país do mundo a realizar tal feito. Você pode ler mais sobre o assunto aqui.

Essa matéria foi motivada por uma thread no Twitter sobre a relação da lei com a neurociência; confira abaixo:

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