FMP Pelo Olhar da Aluna: Ornella Di Lorenzo | FMP – Fundação Escola Superior do Ministério Público

A egressa Ornella Di Lorenzo participou da nossa série especial Pelo Olhar do Aluno, e falou sobre a trajetória na Instituição, o título de Advogada pelo Exame da OAB/RS e sua paixão pela área de direito empresarial. O bate-papo foi conduzido pelo Supervisor de Comunicação da FMP, Fernando Zanuzo.

Assista a conversa na íntegra: 

 

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Você saiu da FMP, mas continua trabalhando, certo?

Sim, eu comecei um estágio a partir do 7º semestre, em 2019, em que dei sequência e fui efetivada depois da formação. É um escritório de advocacia empresarial, onde atuo na equipe de reestruturação. Trabalho com recuperação judicial, falência e estruturação societária. Estagiei desde o segundo semestre e passei por diversas áreas do Direito.

Ficou quanto tempo na Instituição?
Fiquei os exatos cinco anos na “casa”. Saí da escola e logo ingressei na academia, depois do vestibular.

Como foi a escolha pelo Direito?
Desde pequena eu quis fazer Direito. Por algum motivo, acho que o senso de justiça sempre falou muito alto dentro de mim, até por experiências que passei em minha vida. Após a escola, queria estar na Federal, então fiz cursinho e estudei um monte. Fui prestando vestibular em diversas faculdades até que uma prima minha que estudava na FMP, e o pai dela é advogado, falava para minha família que a faculdade era muito boa, focada em Direito e um lugar onde eu faria um networking muito importante. Então fiz vestibular, passei, e minha mãe foi comigo na FMP para conhecer e nos apaixonamos. Normalmente as outras faculdades têm diversos cursos e se perde um pouco da individualidade do aluno, e na FMP era completamente o contrário. Assim foi a escolha, me apaixonei desde o primeiro dia.

Como foi o primeiro contato com a Graduação? Demorou a engrenar?
Eu entrei muito apaixonada. Tenho a sensação de que todo estudante entra na faculdade achando que vai fazer justiça e mudar o mundo. Eu tinha essa ideia e desejo dentro de mim. As matérias iniciais são cadeiras que são lato senso e eu, particularmente, gosto mais da parte histórica, sociológica. Eu achava incrível e nos primeiros três semestres era tudo maravilhoso: tirava notas altíssimas, estudava um monte, super focada. Depois, no quarto/quinto semestre eu comecei a sangrar, porque tem muita matéria diferente e eu ficava perdida no que queria. O Direito é uma área extremamente vasta, então à medida que fui estagiando e conhecendo, me permiti descobrir e estudar todas as matérias para saber a que eu tinha mais familiaridade. No final do curso, me encontrei em direito empresarial, área que acredito que vai ser o norte na minha vida jurídica.

Como era o teu método de aprendizagem?
Prestando atenção nas aulas e anotando. Fazia diversos resumos e entendi que o melhor método para o meu entendimento era lendo e falando para outras pessoas. Cansava de pegar meu resumo antes das provas e ficar andando pela casa, lendo.

Teus projetos foram bem recebidos? Conseguiu desenvolver e dar sequência?
Sim. A FMP tem esse diferencial, de fato, nos projetos. São muitos e todos muito enriquecedores para os alunos – iniciação científica, o salão de apresentação dos pôsteres, grupos de estudo. Acho que eu só não participei de intercâmbio e até me arrependo porque é uma vivência super importante.
A Instituição abraça as ideias dos alunos, até por ser menor e todo mundo se conhecer. Aliás, a competição de direito tributário que fiz com minhas colegas, a FMP nunca tinha participado. A gente olhou, viu, foi lá, levou para a direção e hoje tem até um grupo já estruturado.
Os projetos são diferentes, mas eles se conversam entre si, porque nos dá um estofo não só teórico, mas prático. É importante termos conhecimento jurídico, técnico e saber tudo da doutrina, mas também é importante dominar algumas práticas que usamos no meio, como a oratória, por exemplo. Ao fazer júri simulado, participar das competições, fazer apresentações em grupo… Tudo isso são skills que precisamos dominar, além do arcabouço jurídico para ser um profissional de destaque. Eu participei de muita coisa! No 4º semestre eu já tinha todas as horas complementares.

Teve algum momento que foi definitivo e então tu soube exatamente o que queria?
Teve vários momentos. Foi desafiador porque eu encontrava uma matéria e eu gostava. Então, eu gostei muito de Criminal, depois de Tributário e também Processo Civil. Fui descobrindo e gostando de Direito Empresarial à medida que tive contato na prática. Em diversos momentos, podia não saber qual a área seguir, mas sabia que era no Direito. E eu tenho essa certeza dentro de mim.
Talvez eu não trabalhe com Direito Empresarial até o fim da minha vida? Talvez, a gente nunca sabe o dia de amanhã. Mas eu sei que vai ser na área jurídica, porque gosto de tudo o que Direito proporciona, e também a advocacia. Não me vejo em nenhuma outra carreira. A faculdade é bastante focada no direito público, mas nada impede de que tenhamos um grande arcabouço em direito privado, até porque os professores dessa seara são excelentes, e a FMP possui o Selo OAB Recomenda.

Está fazendo Pós-Graduação? Como é a tua rotina?
Estou fazendo Pós em Direito Empresarial. Pretendo voltar à FMP para me especializar em direito tributário. Na área que escolhi, preciso dominar algumas matérias jurídicas e ter um conhecimento sólido para propor soluções eficazes aos clientes. Minha rotina no escritório é de contato com cartório e clientes, reuniões, traçar planos estratégicos para conseguir encontrar um melhor caminho para o endividamento da empresa. Lido com processos também, principalmente de execução, em que faço bastante defesa. É uma rotina muito dinâmica, porque todo dia eu faço algo diferente – e essa dinâmica me deixa muito satisfeita e me dá mais segurança de seguir na advocacia.

Como foi a fase final da faculdade? Em que semestre passou no Exame de Ordem?
A primeira fase eu passei enquanto estava ingressando no 9º semestre. A segunda fase foi no final do 10º semestre, por causa dos adiamentos referentes à Covid-19. O final da faculdade foi um momento muito sensível, porque acumula expectativas, tinha o TCC que foi crucial, tinha formatura, pandemia… No mundo corporativo também, tem aquele momento de estágio probatório, em que assumimos novas responsabilidades também. Foi puxado para mim, confesso que passei umas noites em claro. Contudo, me mantive focada e sempre fui muito obstinada naquilo que queria.

Deixe um último recado para os alunos.
Para todo mundo que está na Graduação, independente do semestre: aproveitem! Não tenham medo e não fiquem acomodados. Aproveitem todas as oportunidades que a FMP dá, porque são muitas. É um ambiente também de excelente networking, e precisamos de bons relacionamentos e contatos, pois isso faz toda a diferença na vida profissional. Não tenham medo de errar, de discordar, de mostrar a opinião, de participar do grupo de estudos. Sejam ousados e aproveitem as oportunidades! Façam da graduação uma mola propulsora na carreira de vocês, como foi na minha.

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